Seu retrato-espelho do meu sono
no confronto enfraquecido do meu tempo.
No ferir do peito, a dor desse abandono
que comanda emoção e pensamento.
Que refaz no coração doce ferida
no silêncio da canção e da lembrança.
De uma essência que ensopou a nossa vida.
Estendida sob o sol, toda a esperança.
Quanto mais próximo o sonho mais é lenda
que se atrela à realidade, frágil prenda,
na saudadeque se achega- é o vento.
Como flores murchas, secas, vagam tristes,
Não há terno coração que não se renda
ao portal de amor e dor do esquecimento.
Marilia Abduani
Retrato
sexta-feira, 28 de agosto de 2009

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