Antologia

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O que eu sei é que esta antologia
de mim, ah, de mim, tão desusada,
permanece sempre livre, na poesia,
cosmicamente aérea, improvisada.
Tudo o que eu sei é que esta calma fria
em mim, ai, em mim, tão desvairada,
permanece transparente, transbordante:
lua atônita, rosa decepada.
Tudo o que eu sei é que este horror tamanho
entre o real e o renovar de sonhos
permanece ainda em mim, desordenado.
O rascunho dos meus passos me destina
minha sorte, meu amor ou minha sina,
uma história sem futuro e sem passado.
Marilia Abduani

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