NOITE

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A saudade me tolda
e para espantar o breu
abro a janela da esperança
que a noite longa escondeu.
Sulcos noturnos me molham
ninbam os meus olhos ateus.

O tempo come as molduras
da tua imagem bordada
na parede da lembrança
dissoluta madrugada.
O pensamento divaga
sonha uma vida apaziguada.

MARILIA ABDUANI

 
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