Memorando

domingo, 2 de agosto de 2009

Talvez porque no céu do amor
brotasse uma rosa deserta.
E que na chuva, essa flor,
fosse uma coisa completa.
Talvez porque na face do dia
pés descalços, rumos tortos,
e na caminhada, os sonhos
se espatifassem em mil mortos.
Talvez porque da boca triste
nascesse um grito incolor.
Ou porque essa dor sangrasse
e avermelhasse o amor.
Talvez porque um grão de aurora
gerasse uma rosa fria.
Para adormececer o pranto
de minha alma vazia.
Marilia Abduani

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