Espelho

sábado, 1 de agosto de 2009

Seu espelho, retrato em meu sono,
na moldura envelhecida do meu tempo.
No ferir do peito, a dor deste abandono,
que comanda emoção e pensamento.

Que refaz no coração - doce ferida,
no silêncio, na canção e na lembrança.
de uma essência que ensopou a nossa vida.
Estendida sob o sol toda esperança.

Quanto mais próximo o sonho mais é lenda,
que se atrela à realidade, frágil prenda,
da saudade que se achega - é o vento.

Como flores murchas, secas, vagam tristes.
Não há terno coração que não se renda
ao portal de amor e dor do esquecimento.

Marilia Abduani

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