Qualquer saudade

sábado, 23 de maio de 2009


Não me fale de saudades

nem de sonhos esquecidos,

nem do sim e nem do não.

Só fale de primavera,

de flores, frutos, pondera:

só me fale da paixão.


Não duvide do que invento,

eu moro no esquecimento,

por sofrer virei canção.

Acredite no que digo,

seja o amante, seja o amigo,

seja o tempo, a dimensão.


Não me afogue na lembrança,

não me envolva na aliança

que o teu corpo desenhou.

Olha- me só nesse instante

aperte o meu corpo amante:

É de mim o que sobrou.


Não duvide do que eu amo,

eu odeio, adoro e chamo

numa guerra comovida.

Qualquer vento, qualquer flor,

frágil passo de um amor

que de amar perdeu a vida.

Comentários:

Postar um comentário

 
Pelo Estreito Corredor do Tempo © Copyright | Template By Mundo Blogger |