Pressentimento

sábado, 30 de maio de 2009

Ninguém adivinha o meu corpo
escondido na escuridão.
Rumor de passos na estrada,
nenhuma espada e um dragão.
Um gosto amargo de sangue,
num gesto de suicida.
Meus olhos hirtos de medo,
maior que o medo da vida.
Tenho a sombra traiçoeira
de monstros vivos, famintos.
Debruçada na janela,
o que temo é o que pressinto.
Se ao menos o gosto vivo
de sangue, dentro de mim,
recolhesse a eternidade
desse amor frágil e sem fim.

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