Paciência.

sábado, 23 de maio de 2009


Tem gente procurando estrelas

espalhadas pelo céu, desordenadas.

Tem gente procurando flores

nos jardins de um sol de julho em orvalhadas.

Tem gente procurando sonhos

na luz que tudo sabe e não diz nada.


Procurando diamantes reluzentes

sinfonia de luz e transparência.

Procurando o labirintos dos amores.

As plumas prateadas da inocência.

Tem gente procurando sonhos

e vão multiplicando a paciência.


Buscando a pureza devastada

do humano coração medra averdade.

E seguem como ovelhas desgarradas

a um passo da materna eternidade.

Tem gente procurando sonhos

além das emboscadas da saudade.


Tem gente procurando vida

no amor onde a morte é quase nada.

E se entregam devagar, rio nos olhos,

conspirando, artavessando encruzilhadas.

Tem gente procurando sonhos

no tempo, irmão do amor, única estrada.


Tem gente procurando abraços

quando perdem a voz no sofrimento

que rói, escalavra, desencanta.

É o frio que provém das mãos do vento.

Tem gente procurando sonhos

no simples pulsar do pensamento.


Procurando a primavera primitiva

onde arde a luz do amor que a tudo ativa,

nos acordes tresnoitados da paixão.

Tem gente procurando amor,

essa força natural que reativa,

dando o leite do sonho ao coração.

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