Vagido

terça-feira, 21 de julho de 2009

Uma seara de brisa
goteja das mãos do vento.
A noite devolve estrelas.
Pulsa a artéria do tempo.
Do barro dos descaminhos
fiz um jarro -água fria,
lancei ao redemoinho
meus sonhos de ventania.
Quero a linguagem dos rios,
ante a voragem do mar.
Quero o ganido da sorte
e o vagido do luar.
A noite devolve a lua:
silêncio, emoção e arte.
Lua, tímida, flutua,
no céu se esfacela em partes.
Cessa o vento.
Surge a rosa,
tímida rosa do dia.
O orvalho possui a relva
e a fecunda em poesia.
Marilia Abduani

Comentários:

Postar um comentário

 
Pelo Estreito Corredor do Tempo © Copyright | Template By Mundo Blogger |