Lá de onde eu venho

sábado, 11 de julho de 2009

Espalho meu verso na relva
deixo a paz sobrevoar.
Lá no lugar de onde eu venho
a própria vida é um cantar.

Faço a minha casa de palha,
quero a luz de um lampião.
Lá no lugar de onde eu venho
qualquer animal faz canção.

Deixo uma rede escondida
nas árvores livres ao ar.
Lá no lugar de onde eu venho
o mais bonito é plantar.

Quero a chuva, quero o mato
e na grama adormecer.
Lá no lugar de onde eu venho
nada é preciso esconder.

O cachorro no terreiro,
as galinhas no quintal,
Lá no lugar de onde eu venho
liberdade é coisa normal.

Se quero comer, pesco um peixe
ou vou à horta colher.
Lá no lugar de onde eu venho
é tão fácil sobreviver.

E as serenatas que os sapos
pra que eu adormeça farão.
Lá no lugar de onde eu venho
qualquer animal faz canção.

Meu violão, sem repouso,
vai cantar pro mundo ouvir.
Lá no lugar de onde eu venho
nem é preciso dormir.

E à noite, contando estrelas
esperarei meu amor.
Lá no lugar de onde eu venho
nunca é preciso ter dor.

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