Labirinto

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Sempre que fito meu rosto em teus erros
e o teu perfume em minha dor se exala
E na audição da minha voz em teus berros
a minha voz se mistura à tua fala.

Na absoluta solidão da ausência tua
eu sinto as pernas da alma retidas.
Tenho a impressão de que chegaste à lua
tal a distância destas nossas vidas.

Uma de mim te acompanha atenta
a outra te perde ante os limites rasos
e terceira nos une e nos separa.

As três pessoas que em meu corpo habitam
vão nos deixando angústias infinitas
nos labirintos dessa nossa tara.

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