Reverso

domingo, 5 de dezembro de 2010

A dor deste amor mendiga
o reverso da medalha
um refrão do infinito
o azinhavre na navalha.
Somático desabrigo
na fraga do meu segredo.
Eterna neurastenia
personagem do meu medo

O terror do desengano
A secreção do meu drama
A névoa em minha poesia
nos arremates da trama.
A sanguessuga em meu beijo,
cilada imperceptível.
na cama, o meu desejo,
na alquimia impossível.

O nó cego na esperança
o medo me faz tão só.
As grades em meu avesso
gorgulhos de sonho em pó.
O vírus em meus sentidos
enrijece a luz do dia.
Há mais valia na noite
que borda a melancolia

Marilia Abduani

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