Aviso

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Ainda é tempo, foge da minha agonia,
pra que entregar-se, assim, à minha desilusão?
Eu não sei morrer de amor, vivo de minha poesia,
e se , na estrada da vida, me entrego a qualquer prisão?

Ainda é tempo, foge que sou vazia.
Se não abraço a alegria, tudo em mim é solidão.
Só sinto cansaço imenso, sinto a boca muito fria,
já não guardo fantasias, guardo apenas maldição.

Ainda é tempo, amor, que nada tenho.
Se de velhos mundos venho, só me entrego à escuridão.
Se nas estradas da vida, em nenhuma delas me empenho,
onde buscar a magia pra entregar à tua mão?

Ainda há tempo, foge de um rumo incerto.
Meu sono é um constante deserto de invalidez e de mar.
Sou apenas um navio que não tem o rumo certo
e , que em mares tão diversos, vai, sem forças, se entregar.

Foge, amor, foge que nunca é tarde.
Aqui dentro o peito arde, mas pouco tenho pra dar.
Sinto apenas muito frio, uma fome que causa alarde.
Foge , que ainda há tempo.
Foge do meu olhar.

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