Dilema

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Como fica um coração maduro
de abrir portas e varar os muros,
e bater,ainda assim, acelerado?
Coração que se enternece com a poesia
e rompe a morte, desabrocha o dia,
e ainda pulsa infantil, tão compassado.
Como fica um coração dormente
entre tantas tempestades e correntes,
que prendem, tocam, ferem, sem pudor?
e que sonhos através dos descaminhos,
mas na alma sempre o eterno passarinho,
nosso íntimo e eterno salva (dor).
Como fica um coração remanescente
olhar de vidro, puro, transparente,
tão palpável, tão sensível, tão feroz?
Mãos de ferro pra vencer a morte.
Mãos de Deus, para vencer a morte.
Mãos de bênçãos sobre todos nós.
Como fica um coração carente
entre pedras e sereias e serpentes,
tão poeta, tão perene sonhador?
Simplesmente fica. E tão somente espera,
inda ver brotar do inverno a primavera
florescendo a mansidão de todo amor.

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