Divindade

sábado, 6 de junho de 2009

Eu não amo o teu cérebro, nem o corpo,
nem o teu beijo que me faz dançar.
Se, para mim, tudo que é vivo, é morto,
o que faz rir é o que me faz chorar.
Eu não desejo o teu abrigo torto,
nem teu sorriso ou tua divindade.
Se para mim, o que muito, é pouco,
o que traz paz é o que me causa alarde.
Punhal bravo dentro em mim se aninha
e, se é de treva a luz que me avizinha,
eu só te quero como distração.
Eu não amo nada mais que o teu reflexo
e só te entendo como um ser perplexo
ante a minha inabalável solidão.

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