Tempo

sábado, 6 de junho de 2009

Provo o mel da tua boca
orvalho
molha o meu corpo e o teu.
Sou como a onda que bate
nas pedras tantas dos rios.
Sou seu mais novo brinquedo
que o tempo inda não comeu.
O tempo passa voando
e nunca espera por nós.
Quem dormiu não viu o tempo
cruzando a vida veloz.
Acordo a luz dos teus olhos
navalha,
corta o meu corpo do teu.
Eu sou a sereia que canta
os tantos segredos frágeis
que brotam dos sonhos meus.
O tempo passa voando,
bem rente ao meu coração.
Ah, tempo, que tempo sobra
pra dar tempo ao teu perdão?

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