Torrente

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Desencantar o mistério
da calmaria do mar,
da boca da maré-cheia,
dos fragmentos de areia
no ventre virgem do olhar.

Desenrolar o novelo
do sol a se declinar.
Sentir o beijo das águas,
torrente de dor e mágoa,
em meu barco a naufragar.

Tocar o céu da montanha,
como um pássaro voar...
Ser da sombra a claridade,
e da mentira a verdade
ser para a noite o luar.

Tecer as teias da vida
com as linhas do perdão.
Bordar de azul a esperança,
cerzir de luz a aliança
entre a loucura e a razão.

Marilia Abduani- 5 de nov de 2010

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