Galope

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Eu sou um cavalo velho
no galope da ansiedade
pelas campinas cavalgo
campeio essa liberdade.
Aspiro com impaciência
o odor da mocidade
no cio ,sem estridência,
perfume da insanidade.

O sol ocluso me guarda
engedra pra eu me safar
aspira a minha linguagem
decifra o meu relinchar.
A noite, sombra profana,
me beija pra eu me acalmar.
O casco em meu orgulho
o cisto dentro do olhar.

Nos campos de luz me deito
a revelia do medo
no galopar do destino
eu busco o meu sol mais cedo
Cavalo forte e arredio
sem rédeas, divina tez,
alado, por ter vivido
e morrido mais de uma vez.

Marilia Abduani

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