Viagem

terça-feira, 31 de agosto de 2010

O eixo do esquecimento
segura a barra do dia.
O gesto e o sentimento
girando na ventania.
Beijos de lua clara,
grão de areia no sal.
E assim meu sonho viaja
a espera do ato final.

O eixo do pensamento
distante do que não vejo,
carente do que não sabe
descrente do que não vejo.
O medo se agarra às pedras
a procura de um caminho.
O espinho não fere a rosa
nem foge a ave do ninho.

O eixo tosco da vida
é que move a nossa coragem
e molda o nosso destino
pelo prazer da viagem.
A névoa me acaricia
e move a minha canoa.
O eixo da poesia
me guia, é livre e voa.

Marilia Abduani
música:Claudio Chaves

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