Ave

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Meu peito de ave
revoa em volta do teu beijo e mel.
É água de fonte, é fruta madura,
veloz carrossel.

Meu corpo deslisa
nas malhas da brisa, num fio de ar.
Arame farpado, o corte na veia, a ferida do mar.

Voa, coração,
cruza o céu azul do olhar.
Ave, solidão,
longe do ninho a voar.

Meu faro de fera
na caça, na espreita do sangue a verter..
Atiça o teu sonho, pressente o teu cheiro
até te prender.

Nas águas do pranto
eu lavo o meu canto e o que planto é amor.
A fonte da vida, jorrando semente
benvinda, em flor.

Marilia Abduani

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