Vagido

sábado, 12 de setembro de 2009

O hálito do vento
enche de frescor a tarde.
A multiplicação das flores,
a dança dos pássaros
atravessam a traqueia do dia.
A flecha do sol
atinge em cheio
os corações ressequidos.
O barro da desesperança
escorre feito um rio
e passa.
Fica apenas
o vagido do amor
ecoando na noite comovida,
quando a tarde cai.
Fica o ganido da emoção.
Fica exposta a poesia em varais
por onde o arco-íris desce.
Ao findar mais um dia,
a natureza silencia
e a vida agradece.

Marilia Abduani

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