Chove. Rompe a noite
onde o sol ardia.
Na manhã raiada,
a noite calada,
a flor da agonia.
Sonha a minha alma
o perdão desfeito,
o que foi perfeito
foi jogado ao vento.
Sopra agora o medo,
venta o meu segredo,
foi-se embora o tempo.
No lençol do dia
dorme a esperança,
a ternura mansa
ilusão e canto.
Hoje a estrada é triste,
hoje a noite insiste:
dor e desencanto.
Sofro o que não fiz,
tudo o que eu não quis,
o que não busquei.
Pelo vão da estrada
a saudade orvalha
prantos e migalhas
do que mais amei.
Letra: Marilia Abduani
Música : Marcus Viana
Flor da agonia
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
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