ALQUIMIA

sábado, 2 de junho de 2012

O insensato coração
abre a mão e, num lamento
sente o lancetar do espinho.Só o sentimento
de mastigar a solidão e
o ferimento.
A noite encarde as lembranças
e a coragem
lambe as melhores imagens,
as maiores esperanças.

A alquimia do tempo
recria o sol num momento.
Retém o cio,
o movimento,
desafiando a eternidade.
Argila moldando a calma.
A alma
derrama o leite dos sonhos
sobre a exata saudade.

O corpo estremece
clarão distante.
Reflui a volúpia,
a valentia.
Sob um céu sem lua
o gesto perdido,
o o desejo gretado
na cama vazia.

MARILIA ABDUANI

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