DESENCANTO

sábado, 10 de dezembro de 2011

O pranto comeu as lembranças
o vento varreu a beleza.
O silêncio é estrela cadente
nos braços da correnteza.
Meu choro de água quente
buscando em tua nascente
desencantar a tristeza.

Descanso os olhos cansados
na luz etérea do vento.
Liberto os medos guardados
no bojo do pensamento.
Um coração de menino
num corpo já sem destino,
no gelo do esquecimento.

( Resta um suspiro profundo
   ante o desejo infecundo
   do gozo sem sofrimento. )

MARILIA ABDUANI

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