Sol Poente

terça-feira, 19 de abril de 2011

A gestação da brisa

plantada no ventre das horas,

tão fácil apalpar a vida

sem medo de que haja o agora.

Só por paixão vale a pena

secar o pote da idade,

caminhar ao sol poente.

Ainda não é tão tarde.


A dor talha a esperança,

é um rio largo e profundo,

cardume de velhas lembranças

nas profundezas do mundo.

Escombros de lábios sedentos

na mente se tornam flora.

A nostalgia da infância

é que tece o ninho da aurora.


Marilia Abduani

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