Pote da Idade

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Na gestação da brisa,

plantada no ventre das horas,

é fácil apalpar a vida

se medo de que haja o agora.

Só por paixão vale a pena

secar o pote da idade,

caminho de sol poente.

Ainda não é tão tarde.


A dor que talha a esperança

é um rio largo e fecundo,

cardume de velhas lembranças

nas profundezas do mundo.

Escombros, lábios sedentos,

para amainar desencanto.

Na mente, se tornam flora

a nostalgia da infância

tecendo o ninho da aurora.


Marilia Abduani.

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