Algas da infância

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O húmus da infância
alimenta a estrada que moldei pra nós,
fertilizando o tempo tão veloz
frutificando o outono dos quintais.
O odor da infância
fecunda o espírito dos sonhos vãos,
a cal da primavera da canção
abre a ferida que não sangra mais.
As algas da infância,
baças estrelas que caem do céu,
brancas de luz em seu sabor de mel,
abrem-se em pranto,se não tem luar.
O suor da infância
espreita a noite em seu despudor,
que despe, rompe e seduz o amor,
faceira infância, tempo de sonhar.
Marilia Abduani

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