Floração

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A tua língua lambe a linha do horizonte
no contorno da saudade e sedução.
Pereniza o meu prazer e todo o instante,
aguça e atiça toda a criação.
Reescreve a geometria do universo
dilata a pupila da canção.
concebe sinfonias, rimas, versos,
antecipa dentro em mim a floração.

A tua boca mastiga o que eu vislumbro
converte em claridade a escuridão
a tua mão apalpa o meu ciúme
transforma o que é rascunho em inspiração.
E por tuas veredas, que são tantas,
teu rastro cede rumo à lassidão.
Gesto e tato ao alcance do meu faro.
Teu corpo faz de mim constelação.

Marilia Abduani

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