Relance

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ontem, eu te amei para o amanhã;
Hoje, eu disse isto? me pergunto;
Palavras ditas são sentimentos.
Ir além, ter mais assunto, é uma cilada,
porém prefiro, não retiro o que ontem pensei.
Hoje não sinto, amanhã talvez.
Depende deste instante: ou me prenda, sem correntes, em teu peito,
ou me leve no caminho. Sigo adiante.
O meu olhar, agora em ti, não penetra o desejo,
ele te toca e esmiuça a pó e assim se refaz.
Ontem te vi, e no relance, fiz brotar para o amanhã algo melhor que o algo mais.
Hoje, porém, algo me diz, não germinou.
Restou o leito feito vaso sem a flor,
restou a sede, a fome o cio para o depois;
Sou artesã e te preciso pó, nas mãos.
Refaço a ti e me refaço para nós dois.
Hoje!

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