Nostalgia

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A alma desgarrada
circula doidamente
por onde o foge o rio
por onde dorme o dia
na nostalgia presente.

No ocre do caminho
a rosa inquieta jaz.
Cores desconhecidas
calma desvalida
andrógino frio mordaz.

Teias de aranha no teto
cobrem o baço caminho
por onde o sono lateja
por onde transpiram, gotejam
lágrimas, sangue e vinho.

Todo o suor derramado
desce , espesso e quente
por onde a esperança some
por onde a boca da noite
mastiga a sede e a fome.

Marilia Abduani

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