Ilha

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Pelas janelas do acaso
eu avisto a minha estrada
curvas, desvios, atalhos,
pedras, poeira. Mais nada!
Chuto a pedra : bate e volta
direto no sentimento.
Poeiras? Essas levantam
ao sopro indócil do vento.
Pelas portas do meu sonho
eu revejo a minha história,
mares jamais navegados
no velejar da memória.
Desejos, nuvens bordando
a tela da minha vida.
Arco-íris, sol, estrela,
girassol de luz, perdida.
O arremate no presente
ata o passado ao futuro.
A loucura mora rente,
sarcástica, salta o muro.
Entra em mim, mora comigo,
adormece em minha mão,
cantando o mesmo estribilho:
ilha e mar meu coração.

Marilia Abduani

Para Roberto Menezes de Menezes, com todo o meu carinho de fã incondicional.

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