Viço

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Eu me sinto um pássaro
de plumagem leve
que revoa em torno
do teu corpo breve.
Que me chega e some
num piscar de horas.
Impensado facho,
horizonte aberto,
sol que vai-se embora.

Eu me sinto um polvo
entre mil abraços,
masturbando a noite
que se faz gigante,
que se torna amante
entre a paz e o açoite.
Como o tempo e o espaço
deglutindo a flora
que a ternura viça,
sou calor e frio,
às vezes, mormaço,
areia movediça.

Eu me sinto um pássaro
livre em mãos do vento
que a saudade atiça.

Marilia Abduani

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