Meu peito de ave
revoa em volta do teu beijo e mel.
É água de fonte, é fruta madura,
veloz carrossel.
Meu corpo deslisa
nas malhas da brisa, num fio de ar.
Arame farpado, o corte na veia, a ferida do mar.
Voa, coração,
cruza o céu azul do olhar.
Ave, solidão,
longe do ninho a voar.
Meu faro de fera
na caça, na espreita do sangue a verter..
Atiça o teu sonho, pressente o teu cheiro
até te prender.
Nas águas do pranto
eu lavo o meu canto e o que planto é amor.
A fonte da vida, jorrando semente
benvinda, em flor.
Marilia Abduani
Ave
terça-feira, 24 de agosto de 2010
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