O sonho passa voando
por uma clave de sol.
Húmus fecundo pulsando
no ventre da terra em nós.
A fixidez do destino
jaz no breu como um farol.
Chove inércia, eco ao longe,
tranquilo, exato e amante,
A noite-leque e lençol.
Serena, lúcida e leve
a corrente do amor nos ata,
Há em nós tanto silêncio
calma de beijo que mata.
Rio sem sombra d'água
desmesurados desvios.
Clamores da natureza
tremores e calafrios.
Soluçam meus versos na noite
vegetal: agreste o frio.
Marilia Abduani
Clamores
quinta-feira, 17 de junho de 2010
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