Vejo a noite definhando
cerro os olhos, vejo o cais
fantasmas engolem medos
ventania, temporal.
Eu recolho a tempestade
e dela crio o meu mar.
No barquinho da saudade
deixo o corpo naufragar.
Não há tormenta que afunde
nem calmaria ou luar
o meu barco de esperanças
velejando no sonhar.
As âncoras da coragem
no fundo das águas claras
somente serão jogadas
no bojo do teu olhar.
Marilia Abduani
Âncoras
quinta-feira, 17 de junho de 2010
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