Antecipada, a saudade
navalha no peito
que arde.
Silencia o canto,
atiça o pranto
e faz sombra em nosso vulto.
Chega sorrateira
e entra-faca certeira-
em nossa calma e poesia.
Eternizada, a saudade
ecoa na noite
que desce.
No peito o gemido,
o grito contido,
o beijo, o açoite,
o afago sem prece.
Marilia Abduani
Saudade
sexta-feira, 2 de abril de 2010
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