Por tantas vezes abracei o outro.
renasci das cinzas e refiz meu chão.
Reescrevi a história das minhas lembranças,
e me tornei criança em meu coraçaõ.
Por tantas vezes beijei o inimigo,
dei a outra face, cantei o perdão.
E das pedras tantas que já me lançaram
fiz meu edifício sempre em construção.
Eu soltei ao vento as palavras vãs,
e nadei nas águas da melancolia
para ouvir segredos do meu oceano
e ouvir sereia em plena cantoria
Por tantas vezes eu bebi o meu pranto
engoli a saudade triste e derradeira
Desaguei a chuva do meu desencanto,
descobri na noite a estrela primeira.
Marilia Abduani
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