Quero animar a esperança
desalojar a incerteza.
Agonizar o meu medo
fertilizar meus segredos
restilhas de chama acesa.
A lâmina na esperança
separa o tempo sem lua
do tempo sem vento quente
antagonia presente
no espanto que vem da rua.
No incinerar da vingança
pauto o meu sexto sentido.
O tato do meu destino
a força do sol a pino
no calor do meu ouvido
Sinto o exato silêncio
das horas perenizadas.
vestígios de amor e gesto
e de meus rastros impressos
escombros de mim: mais nada.
Marilia Abduani
Lâmina
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
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