Ainda falta um abraço
falta ainda mais um beijo
no resgate da coragem,
na voragem do desejo.
Falta um gesto,uma palavra,
nas entrelinhas do tempo.
O antídoto na agonia,
o cio no pensamento.
Sobra espaço em nossa cama
gestos inúteis, sombrios.
carnes desencontradas,
pranto, canto, calafrio.
Resta o abismo no orvalho
e a saudade tosca e fria.
O corte no esquecimento
na cavidade do dia.
Falta o sêmem da esperança
no orgasmo da poesia.
Marilia Abduani
Ausência
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
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