Redoma
Eu te entrego a nostalgia
da noite sem estrela e nua
o segredo absoluto
de tua melancolia
triste, sombria e nua.
O véu da noite mais fria,
o abismo agreste, ermo,
Redoma sem luz, sombria,
no dia sem meio-termo.
Eu te entrego a tempestade
e o mar que se abre incerto,
o mistério dissoluto
do teu carinho deserto.
Do estampido por dentro
rasgando o teu ventre aflito.
Eu te deixo a poesia
e me entrego de peito aberto
serei tua companhia.
E quando cair a noite
e o dia nascer bonito,
descansarei em teus braços:
Não seja breve o infinito.
Marilia Abduani
REDOMA
quarta-feira, 6 de julho de 2011
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